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Inventando o futuro

O sucesso da expedição Roncador-Xingu e os resultados alcançados pela Fundação Brasil Central (FBC) viabilizaram a continuidade de investimentos públicos visando à ocupação e à integração dessa região ao restante do país. O que era uma campanha do Estado Novo tornou-se uma marca de sucessivos governos, atingindo o ápice na administração de Juscelino Kubitschek (1956-1961), que transferiu a capital nacional, do Rio de Janeiro para o interior, Brasília, cidade construída no Planalto Central. 

A lei que criou a FBC determinou a criação de “núcleos de civilização”, trazendo assim o “progresso” para o sertão do Centro-Oeste do Brasil. Dessa maneira, o governo federal transformou essas paisagens sertanejas em um laboratório do ideal de urbanidade a ser replicado nas demais regiões do Brasil Central: escolas, igrejas, hospitais, hotéis.

A FBC até mesmo buscou, em algumas das edificações, a inspiração em uma arquitetura mais contemporânea, seguindo os padrões da escola do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012) e do urbanista Lúcio Costa (1902-1998), que planejaram a nova capital, ícone da arquitetura modernista no país. Duas construções são exemplares dessa tentativa de instalar a modernidade no sertão: o hotel da Ilha do Bananal e a residência do presidente da FBC. Em ambos os casos, foram utilizados os elementos empregados nos prédios de Brasília, os pilotis de sustentação, planta livre, fachada livre e janelas em fita.Após o governo Juscelino Kubitschek, a FBC perde sua importância, até finalmente ser extinta em 1967.

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