Copa de 1962
A seleção brasileira que alcançou o bicampeonato no Chile fez jus à máxima "em time que está ganhando não se mexe". Com exceção do técnico Aimoré Moreira, que substituiu Vicente Feola afastado por problemas de saúde, e da dispensa de João Carvalhaes, psicólogo e de Mário Trigo, dentista, a idéia era manter toda a equipe que havia vencido na Suécia. Dessa vez foi possível convocar os jogadores pelo seu talento, sem levar em conta afirmações como a de Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação brasileira que, em 1958, preconizou a escolha de jogadores brancos uma vez que os "negros eram mais afeitos à exibição do que a competição". A Copa de 62 seria a da consagração de Garrincha. Aquela Copa também seria a do auge de jogadores experientes como Nilton Santos e, infelizmente, seria a da quase ausência de Pelé que viria a se contundir na partida contra a Tchecoslováquia, o segundo jogo da nossa seleção. Deve-se ressaltar, contudo, que o seu substituto, Amarildo, não fez feio, tendo marcado dois gols contra a difícil seleção da Espanha. No jogo final, contra a Tchecoslováquia, o Brasil consegue o bicampeonato, sem Pelé, mas com o genial Garrincha, permitindo ao zagueiro e capitão Mauro Ramos de Oliveira - que se impôs desde a estréia substituindo Bellini - a alegria de levantar a taça. Como afirmou Nelson Rodrigues, o futebol de Mané era um milagre.
Local: Chile
Campeão: Brasil
Resultados do Brasil:
Brasil 2 x 0 México
Brasil 0 x 0 Tchecoslováquia
Brasil 2 x 1 Espanha
Brasil 3 x 1 Inglaterra
Brasil 4 x 2 Chile
Brasil 3 x 1 Tchecoslováquia
Jogadores: Gilmar, Castilho, Djalma Santos, Mauro, Zózimo, Nilton Santos, Jair Marinho, Bellini, Jurandir, Altair, Zito, Didi, Zequinha, Mengálvio, Garrincha, Vavá, Amarildo, Zagallo, Jair da Costa, Coutinho, Pelé, Pepe
Técnico: Aimoré Moreira