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Os povos indígenas do Brasil Central

De canoa ou caminhando, de aldeia em aldeia, os expedicionários percorreram as lendárias selvas do Brasil Central. Atingida a Serra do Roncador, no estado do Mato Grosso, em 1946, a caravana dos irmãos Villas Boas travou contato com o povo Xavante no rio das Mortes. Antes disso, em 1944, a expedição, com ajuda da Força Aérea Brasileira, sobrevoou pela primeira vez as aldeias Xavantes.

A campanha massiva de divulgação pelo governo brasileiro da Marcha para o Oeste na imprensa da época e as reportagens com fotografias do cotidiano dos expedicionários e das tribos indígenas tornaram os Xavantes conhecidos no Brasil. Autodenominados A'uwē (gente) ou A'uwẽ Uptabi (pessoas verdadeiras), os Xavantes ocupavam então vastas terras a leste do estado de Mato Grosso.

O passo seguinte da expedição Roncador-Xingu foi ingressar na extensa região do Alto Xingu. Extensa planície quase toda coberta de mata, era o habitat secular de inúmeros povos indígenas. “Na verdade, Amazônia e Brasil Central se encontram, se interpenetram, se ajustam e compõem um quadro admirável”, como registraram os Villas Boas em seus diários.

Em 1959, passados dezesseis anos do início da epopeia da expedição Roncador-Xingu, Orlando e Cláudio Villas Boas, denunciariam na imprensa que as frentes de expansão econômica decorrentes da Marcha para o Oeste no Alto-Xingu ameaçavam a preservação das tribos indígenas. Assim, começaram uma campanha, com o apoio do diretor do Serviço de Proteção ao Índio (SPI), Cândido Rondon, do sanitarista Noel Nutels e do antropólogo Darcy Ribeiro, para a demarcação das terras dos povos originários de Mato Grosso, fazendo uma forte oposição ao governo e aos fazendeiros locais.

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