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A colonização do Brasil Central

A campanha Marcha para o Oeste propagava o avanço da fronteira da “civilização” em direção ao Brasil Central. Na verdade, a intenção do governo Vargas era dominar a região: como conquistadores do século XX, almejavam colonizar e explorar economicamente a área, que era pouco conhecida da maioria dos brasileiros.

Comumente retratada como lugar inóspito, habitado por uma população rarefeita com uma vida social pouco complexa, além de índios hostis e animais selvagens nunca vistos, o Brasil Central contrastava drasticamente com a imagem de urbanidade e o desenvolvimento das cidades litorâneas. No imaginário social da época, a combinação entre a ideia de escassez e as lendas sobre suas possíveis riquezas incalculáveis foi usada largamente nos discursos dos governos para atrair investimentos e mobilizar trabalhadores para a região.

A Fundação Brasil Central (FBC), amparada pelas forças militares, foi responsável pela construção de uma infraestrutura básica: estradas e pistas de pouso; a estrada de Ferro Tocantins; redes de comunicação ligando o Rio de Janeiro ao interior do país. Além disso, implantaram colônias agrícolas e núcleos de povoamento. Assim foram fundadas as cidades de Aragarças, em Goiás, e Xavantina, em Mato Grosso. Convênios foram estabelecidos com outros órgãos governamentais para a mobilização de trabalhadores para a região. 

Todos esses investimentos estatais em políticas públicas fizeram parte do projeto nacional para integrar e modernizar o país na segunda metade do século XX.

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