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Copa do mundo de 1950

A Copa de 1950 foi um evento de grande importância para a história do futebol. Após o cancelamento das edições de 1942 e 1946, por causa da Segunda Guerra Mundial, o IV Campeonato Mundial voltou a reunir seleções nacionais em um torneio futebolístico.

Entre 24 de junho e 16 de julho de 1950, seleções de 13 países disputaram partidas em busca da conquista da tão sonhada Taça Jules Rimet: Brasil, Bolívia, Chile, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Itália, Iugoslávia, México, Paraguai, Suécia, Suíça e Uruguai. Além do Maracanã, foram realizados jogos no Pacaembu (São Paulo), Ilha do Retiro (Recife), estádio dos Eucaliptos (Porto Alegre), Durival de Brito (Curitiba) e Independência (Belo Horizonte).

Ainda que fossem disputadas partidas em outras sedes, o Maracanã era a grande atração da competição. Construído para ser a vitrine do Brasil aos olhos do mundo, foi o principal estádio do campeonato, abrigando oito jogos, inclusive a estreia e a última partida. Para os brasileiros, o Maracanã era ainda mais especial. A expectativa era que se tornasse o palco que consagraria sua seleção como campeã mundial pela primeira vez.

A campanha da seleção brasileira deu motivos para otimismo. O Brasil simplesmente não tomou conhecimento de alguns de seus adversários. Derrotou com placares elásticos o México, por 4 x 0; a Espanha, por 6 x 1; e a Suécia, por 7 x 1. Apenas a Iugoslávia e a Suíça tiveram melhor sorte. Enquanto os suíços conseguiram um empate por 2 x 2, os iugoslavos perderam por um placar de “apenas” 2 x 0. Dos seis jogos da seleção brasileira na copa, cinco foram disputados no Maracanã. A exceção foi a partida contra a Suíça, realizada no Pacaembu, em São Paulo.

Após a empolgante trajetória, chegou o dia do último jogo. Em 16 de julho de 1950, duzentos mil torcedores lotaram o Maracanã confiantes na conquista da taça. Em uma fórmula diferente da atual, o Brasil precisava apenas de um empate com o Uruguai para sagrar-se campeão. Nos dias que antecederam a partida, a confiança deu lugar a uma quase soberba. Praticamente ninguém tinha dúvida de que o Brasil conquistaria a Jules Rimet.

No entanto, a euforia deu lugar a uma tristeza de proporções monumentais. Naquela tarde de domingo, o Brasil foi vencido pelo Uruguai por 2 x 1, em uma das mais dolorosas derrotas da história da seleção brasileira. O gol de Ghiggia, aos 34 minutos do segundo tempo, deu a vitória à seleção celeste, deixando o estádio em um “silêncio ensurdecedor”. E o Maracanã teve seu nome ligado àquele fatídico jogo. A partida passou a ser conhecida como Maracanazzo.

Embora doloroso, esse capítulo foi superado oito anos depois, quando o Brasil conquistou sua primeira Copa do Mundo, na Suécia – superação essa que encontra expressão simbólica no Maracanã. Em frente a um dos acessos ao estádio, há uma estátua em homenagem aos campeões de 1958, os heróis que deram o passo inicial na trajetória vitoriosa da seleção brasileira em copas do mundo.

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