Copa de 1970
A vitória no México teve um sabor especial para os brasileiros: não apenas fez com que se esquecesse o vexame de 66, mas representou a posse definitiva da taça Jules Rimet. Foi a Copa de Gérson, Tostão, Carlos Alberto, Jairzinho e Rivelino, entre outros, mas foi especialmente a Copa de Pelé. Em pleno vigor físico e em sua quarta e última participação em Copas, exibiu a genialidade que o transformaria posteriormente no "atleta do século". A Copa ficou marcada pela sombra do governo militar, presente na destituição de João Saldanha como técnico, nos pedidos do presidente Médici para a escalação de Dario, nos preparadores físicos, quase todos militares, e na segurança severa que impedia que exilados políticos se aproximassem dos jogadores, estes, aliás, de cabelos bem aparados. Foi também a Copa que assistimos pela primeira vez ao vivo, pela televisão, via satélite. E pela televisão "noventa milhões em ação" viram o Brasil vencer a final contra a Itália, de forma irrepreensível, anunciando o futuro do nosso futebol. Para a conquista do tricampeonato foram fundamentais o talento dos jogadores e o trabalho do técnico Zagallo. Este não foi um mero substituto de Saldanha: armou a seleção a seu modo, num esquema de jogo que se, para alguns críticos, era baseado na "retranca", para a maioria representava uma revolução, graças à sua ampla ocupação de espaços. Em resumo, a seleção jogou o futebol que todos os técnicos do mundo tentam até hoje implantar. Por isso é considerada por muitos a melhor seleção de todos os tempos.
Local: México
Campeão: Brasil
Resultados do Brasil:
Brasil 4 x 1 Tchecoslováquia
Brasil 1 x 0 Inglaterra
Brasil 3 x 2 Romênia
Brasil 4 x 2 Peru
Brasil 3 x 1 Uruguai
Brasil 4 x 1 Itália
Jogadores: Félix, Leão, Ado, Carlos Alberto, Brito, Piazza, Everaldo, Zé Maria, Baldocchi, Fontana, Joel, Marco Antônio, Clodoaldo, Gérson, Rivelino, Jairzinho, Tostão, Pelé, Paulo César Lima, Roberto, Dario, Edu
Técnico: Zagallo