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Ordem econômica

Na fumaça dos trens que começavam a cortar o Império, no café armazenado nos portos que ainda se abriam para o mundo, no comércio crescente nas cidades que se espalhavam pelas províncias, nas obras de remodelamento das cidades e da Corte, nos salões das exposições, o Brasil dava mostras da modernidade que buscava alcançar no século XIX.

Rural e arcaico, o Império pretendia mostrar-se moderno, civilizado, urbano, sem abrir mão de sua estrutura social marcada pela exclusão e pela hierarquia. Nesse século, o Brasil conheceu uma de suas lavouras mais importantes, e pela qual mais se faria lembrar: o café; porém também perdeu uma de suas atividades mais lucrativas: o tráfico de escravos. Marca do atraso, a escravidão era indispensável para a manutenção das engrenagens econômicas e sociais que trariam o progresso à nação. No contexto do fim do tráfico e expansão do café, empreendeu-se uma tentativa de industrialização marcada pelos esforços do barão de Mauá, ao passo que as ferrovias adentravam o país, levando o progresso e os imigrantes que vinham lentamente substituir a mão-de-obra escrava.

A Europa servia ao Brasil como espelho e vitrine para nosso progresso peculiar. As exposições eram o palco das disputas entre as nações, lugar de exibir seus produtos naturais e industriais, de demonstrar seu progresso. O Brasil ainda era a natureza exuberante e exótica, mas também as novas máquinas que surgiam. Entre avanços e recuos, o século XIX representou um largo passo rumo à modernização do país.

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