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Educação

Em um país no qual a maior parte da população era analfabeta, a educação reproduzia as hierarquias da sociedade, sendo o acesso ao estudo bastante limitado de modo geral e vedado aos escravos. As aulas do ensino primário, dever das províncias e do Estado, eram em sua maior parte ‘domésticas', dadas normalmente nas casas dos mestres ou nas poucas escolas primárias para meninos e meninas separadamente, enquanto alguma atenção foi dispensada ao ensino dos meninos cegos e dos surdo-mudos em institutos voltados para esse fim. Criado para ser o modelo de escola secundária no país, o Imperial Colégio de Pedro II, embora admitisse alunos pobres gratuitamente, foi um instrumento por excelência para a formação dos futuros estadistas.

O ensino superior nas faculdades de direito e de medicina era considerado um privilégio para poucos cidadãos e as escassas escolas técnicas e normais não interessavam aos membros da classe senhorial, que preferiam as carreiras de Estado, e não favoreciam a entrada dos mais pobres, limitados pelos cursos preparatórios e concursos de ingresso. O século XIX representou uma época de poucos avanços, na qual a educação serviu muito mais como um elemento de "distinção" do que propriamente de formação dos cidadãos. Assim, o ensino laico e a separação entre o Estado e a Igreja tiveram que esperar o programa republicano.

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