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Saúde pública

Em um século devastado por várias epidemias - febre amarela, varíola, cólera, tuberculose, malária - diversas medidas foram tomadas para a melhoria do saneamento, da limpeza pública, do abastecimento de água, e da salubridade do ar, em consonância com as teses médicas vigentes no oitocentos. Amparado pelos estudos desenvolvidos na Academia Imperial de Medicina, o governo criou algumas instituições para melhor controle e fiscalização da saúde pública, como a Junta Central de Higiene Pública, e intensificou a vigilância dos portos, por onde várias epidemias penetravam em solo brasileiro.

A criação das faculdades de medicina contribuiu de forma singular para a regulamentação da profissão de médico e para a tentativa, embora não muito bem-sucedida, de eliminar as práticas de curandeirismo que vigoravam entre os tratamentos mais populares. Hospitais para os mais pobres, lazaretos para isolamento de casos graves, e hospícios para atendimento dos alienados - sendo o primeiro e mais exemplar o de Pedro II, no Rio de Janeiro - auxiliavam no tratamento dos doentes e no desenvolvimento da medicina mental no Brasil. No entanto, prevalecia o risco iminente de surtos epidêmicos nas maiores cidades, frutos da miséria e insalubridade em que vivia a maioria da população. Quanto aos indivíduos da classe senhorial, mesmo com mais recursos, a doença rondava suas casas, como a do escritor José de Alencar e a dos que se valem de um arsenal composto de bicarbonato, valeriana, estricnina, xaropes vegetais e águas minerais.

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