Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

Estado e Nação

D. Pedro II foi coroado imperador de uma nação ainda por se constituir. Sobre ele eram depositadas esperanças de estabilização de um país que atravessava com as regências, um período de indefinição política e questionamentos ao poder central. Os primeiros anos do seu reinado ainda presenciam a eclosão de revoltas liberais, em São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco.

Contudo, as décadas seguintes seriam marcadas por um certo equilíbrio político calcado na imagem de um poder real vinculado ao Estado brasileiro e à própria nação. Nesse processo, o fazer político tornava-se um negócio para poucos, para as elites, a "boa sociedade", que surgia como uma força capaz de levar a cabo este projeto. Construiu-se um imaginário que relacionava diretamente a unidade nacional à centralização, e estas, ao poder monárquico.

Paralelamente, estrutura-se em todo o território nacional um sistema eleitoral baseado em relações clientelistas e intimidações abertas, e a Guarda Nacional, força militar integrada por todos os cidadãos e que representa a ordem. A política surgia como um teatro, que reforçava a existência desse Estado centralizado e unificado. Era através dele que as instituições nas quais a política imperial se sustentava - o Senado, as câmaras locais - ganhavam existência material.

Fim do conteúdo da página